As interfaces que estabelecem a relação entre dentro e fora nos projetos de arquitetura têm um papel fundamental para reiterar ou negar os graus possíveis dessa conexão. Nesse sentido, um dos fatores centrais na concepção das fachadas é o nível de opacidade dos materiais que as compõem, já que a partir disso criam-se situações absolutamente diversas em relação à luz, vistas e efeitos na atmosfera dos ambientes. Os materiais ou elementos translúcidos representam uma estratégia interessante para uma mediação entre interno e externo que sugere um efeito diáfano, etéreo, com certo mistério promovido por um tipo de superfície que deixa a luz entrar mas, ao mesmo tempo, não conforma uma imagem nítida sobre as superfícies para quem vê.
O efeito translúcido pode ser criado de formas muito diferentes, desde o uso de materiais com essa característica, como alguns tipos policarbonato e vidros, até a angulação de elementos opacos distanciados, que permita a passagem de luz mas estabeleça esse jogo de ver e não ver entre o lado de dentro e o de fora. Conheça, a seguir, um conjunto de projetos residenciais no Brasil que exploram superfícies e peles translúcidas compostas por diferentes formas e materiais.